O conto relata a história de Samuel, um jovem rapaz casado com uma mulher aparentemente mal humorada e de companhia desagradável. Todos os domingos Samuel, também chamado de Isidoro, nome que usava como disfarce, era despertado às sete horas da manhã. Se lavava, preparava sanduíches e saia de casa com um pretexto de que iria trabalhar no escritório, mas, a realidade era outra, ele direcionava-se para um hotel pequeno e sujo, onde era atendido pelo porteiro que já o conhecia. Lá passava o dia inteiro dormindo, tentando se refugiar da correria do cotidiano transformando o seu mundo em um mar de sonhos e só após ser despertado por um relógio, retornava para casa, lentamente, observando a paisagem, voltando ao seu mundo real.
A utilização do título “Pausa” pode ser vista tanto como uma possível interrupção na rapidez com que as coisas têm acontecido como também a necessidade de uma reflexão acerca de sua existência e o reflexo dessa postura na sociedade vigente. No decorrer do conto vários caracteres da vida Pós-Moderna vão se apresentando e criando forma através de objetos, atitudes, situações e sentimentos.
O despertador, por exemplo, marca o tempo, a necessidade de cronometrar as atividades a serem realizadas, a fim de, não esquecer e nem se atrasar. Para essa narrativa, este é um objeto de extrema necessidade, pois, Samuel ao ouvi-lo tocar salta da cama e começa a rotina do dia, sendo uma de suas atividades preparar sanduíches, comida de fácil e rápido preparo que marca o processo de industrialização cada vez mais propício a atender a necessidade das pessoas e também seu conseqüente lucro.
Através do trecho: “Muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche” é possível perceber como a velocidade tem invadido e tornado mecânico o cotidiano das pessoas tanto pelo significado que elas apresentam quanto pelo uso de frases curtas.
O autor também deixa transparecer a sua voz no desenrolar dos acontecimentos com a expressão “dormir”. A personificação também é marca registrada em alguns momentos: “cidade começava a mover-se, automóveis buzinando, noite caia” etc.
Ao fazer a leitura deste conto a nossa curiosidade é aguçada, pois, apesar de, apresentar aparentemente uma interpretação fácil ele nos proporciona caminhar pelas variadas vertentes que nos são apresentadas ao estudarmos o modernismo.
O texto também apresenta a fuga do personagem Samuel, na tentativa se refugiar do stress do dia-a-dia, ao construir uma outra rotina que é praticada aos domingos. No entanto, por mais que ele se isole do mundo “real”, os seus hábitos são característicos da correria do cotidiano, não tem tempo para conversar com o porteiro, as mãos são limpas no próprio guardanapo e não lavadas, enfim, a personagem muda as características de sua rotina, mas, o aspecto da intensa velocidade que o rodeia é a mesma, a vida social está presente em cada instante, pois como ressalta Fábio Lucas a sociedade condiciona o homem e mesmo que se tente fugir dela é inútil.
Outro aspecto relevante a ser observado é a angústia de Samuel durante o sono, pois, mesmo depois de toda uma preparação para o tão esperado descanso, ele continua agitado, sonhando com brigas, agitações, correrias. Alguns dos seus sonhos tinham certa relação com a natureza, talvez por ser o seu desejo não realizado por falta de tempo.
A figura da esposa de Samuel é apresentada no conto com alguns aspectos que nos leva a entender que há uma espécie de rejeição por parte do esposo. Samuel ao se levantar evita fazer barulho para que ela não perceba que irá sair novamente, prefere comer sanduíches a vir almoçar em casa, o diálogo entre o casal é muito curto e antes que ela fale muito, ele pega o chapéu e sai.
Esta suposta rejeição também pode ser identificada no texto, num primeiro momento a mulher aparece bocejando, em seguida ela o interroga com um azedume na voz que pode ser identificada de duas formas, ou ela está acordando naquele exato momento, ou estar de mau humor e cansada, e por fim, ela aparece coçando a axila esquerda, comportamentos estes que leva a um suposto desmazelo, que também pode ser motivo para o desprezo do marido.
Contudo, durante toda a narrativa, a presença de objetos identificadores do tempo é constante, e isso, nos faz refletir que cada momento é cronometrado, que a história é formada em torno de um círculo, de uma rotina, que por mais que a personagem tente construir outro mundo, fugir daquela situação, que até mude o seu nome, ela sempre estará presa a determinados padrões e comportamentos que já estão inseridos na cultura do homem moderno.
A utilização do título “Pausa” pode ser vista tanto como uma possível interrupção na rapidez com que as coisas têm acontecido como também a necessidade de uma reflexão acerca de sua existência e o reflexo dessa postura na sociedade vigente. No decorrer do conto vários caracteres da vida Pós-Moderna vão se apresentando e criando forma através de objetos, atitudes, situações e sentimentos.
O despertador, por exemplo, marca o tempo, a necessidade de cronometrar as atividades a serem realizadas, a fim de, não esquecer e nem se atrasar. Para essa narrativa, este é um objeto de extrema necessidade, pois, Samuel ao ouvi-lo tocar salta da cama e começa a rotina do dia, sendo uma de suas atividades preparar sanduíches, comida de fácil e rápido preparo que marca o processo de industrialização cada vez mais propício a atender a necessidade das pessoas e também seu conseqüente lucro.
Através do trecho: “Muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche” é possível perceber como a velocidade tem invadido e tornado mecânico o cotidiano das pessoas tanto pelo significado que elas apresentam quanto pelo uso de frases curtas.
O autor também deixa transparecer a sua voz no desenrolar dos acontecimentos com a expressão “dormir”. A personificação também é marca registrada em alguns momentos: “cidade começava a mover-se, automóveis buzinando, noite caia” etc.
Ao fazer a leitura deste conto a nossa curiosidade é aguçada, pois, apesar de, apresentar aparentemente uma interpretação fácil ele nos proporciona caminhar pelas variadas vertentes que nos são apresentadas ao estudarmos o modernismo.
O texto também apresenta a fuga do personagem Samuel, na tentativa se refugiar do stress do dia-a-dia, ao construir uma outra rotina que é praticada aos domingos. No entanto, por mais que ele se isole do mundo “real”, os seus hábitos são característicos da correria do cotidiano, não tem tempo para conversar com o porteiro, as mãos são limpas no próprio guardanapo e não lavadas, enfim, a personagem muda as características de sua rotina, mas, o aspecto da intensa velocidade que o rodeia é a mesma, a vida social está presente em cada instante, pois como ressalta Fábio Lucas a sociedade condiciona o homem e mesmo que se tente fugir dela é inútil.
Outro aspecto relevante a ser observado é a angústia de Samuel durante o sono, pois, mesmo depois de toda uma preparação para o tão esperado descanso, ele continua agitado, sonhando com brigas, agitações, correrias. Alguns dos seus sonhos tinham certa relação com a natureza, talvez por ser o seu desejo não realizado por falta de tempo.
A figura da esposa de Samuel é apresentada no conto com alguns aspectos que nos leva a entender que há uma espécie de rejeição por parte do esposo. Samuel ao se levantar evita fazer barulho para que ela não perceba que irá sair novamente, prefere comer sanduíches a vir almoçar em casa, o diálogo entre o casal é muito curto e antes que ela fale muito, ele pega o chapéu e sai.
Esta suposta rejeição também pode ser identificada no texto, num primeiro momento a mulher aparece bocejando, em seguida ela o interroga com um azedume na voz que pode ser identificada de duas formas, ou ela está acordando naquele exato momento, ou estar de mau humor e cansada, e por fim, ela aparece coçando a axila esquerda, comportamentos estes que leva a um suposto desmazelo, que também pode ser motivo para o desprezo do marido.
Contudo, durante toda a narrativa, a presença de objetos identificadores do tempo é constante, e isso, nos faz refletir que cada momento é cronometrado, que a história é formada em torno de um círculo, de uma rotina, que por mais que a personagem tente construir outro mundo, fugir daquela situação, que até mude o seu nome, ela sempre estará presa a determinados padrões e comportamentos que já estão inseridos na cultura do homem moderno.
gostei muito desta analise,pq quando eu começei a ler eu nao consegui parar de ler eu queria leer td ate o final,e essa nao era a minha intençao
ResponderExcluirparabéns****
poliana gostei do seu blog...parabens pela analise do conto Pausa de Moacyr scliar...tambem fiz uma, nao ficou tao boa quanto a sua....legal...Manel seu colega de curso...
ResponderExcluiradorei essi conto... nuka ovir fala mas minha professora mi indicou ai eu peskizei e adorei.
ResponderExcluirolha Tais estudiosa !! CARA PARABENS FAÇO POARTE DA MSMA CLASSE QUE ELA PARABENS...
ResponderExcluirESSE CONTO É UMA MERDA TNC
ResponderExcluirAnônimo.. Vivemos numa democracia, mas você dizer que o conto é uma merda, é de doer, hein?
Excluirconcordo com vc Terica Julião , seria melhor dizer que ñ gostou do conto , mas dizer que o conto é uma merda já é de mais , tanta informação , e uma pessoa dizer uma coisa dessa , isso doeu , eu ñ gostei nada disso , só tenho uma coisa a dizer , o respeito ñ faz parte do caráter dessa pessoa , se é que podemos chamar uma coisa dessa de pessoa
ExcluirDizer que o conto Pausa é uma merda só representa uma coisa: Falta de cultura.
ExcluirNossa!!!tem tanta informação e é colocada de um forma incontestável. Parabéns, isso que é uma análise completa.
ResponderExcluirgostei muito dessa análise,foi de acordo com o meu pensamento,mas a forma com que você comentou, ficou muito clara.
ResponderExcluirVdd Neuza Antonio ficou muito boa, agr consigo fazer a minha tarefa rsrs!
ResponderExcluirCrítica de aspectos sócias implícitos na narrativa no conto Pausa-Moacyr Scliar
ResponderExcluirgosto do conto, mas nunca tinha visto tantos elementos.
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